quinta-feira, março 21, 2013

Teodicéia, resolva esta questão

Acho que Epicuro foi quem formulou a questão a respeito da relação entre a onipotência e a bondade de Deus. A coisa é mais ou menos assim: se Deus existe, ele é todo poderoso e é bom, pois não fosse todo-poderoso, não seria Deus, e não fosse bom, não seria digno de ser Deus. Mas se Deus é todo-poderoso e bom, então como explicar tanto sofrimento no mundo? Caso Deus seja todo-poderoso, então ele pode evitar o sofrimento, e se não o faz, é porque não é bom, e nesse caso, não é digno de ser Deus. Mas caso seja bom e queira evitar o sofrimento, e não o faz porque não consegue, então ele não é todo-poderoso, e nesse caso, também não é Deus. Escrevendo sobre a Tsunami que abalou a Ásia, o Frei Leonardo Boff resume: “Se Deus é onipotente, pode tudo. Se pode tudo porque não evitou o maremoto? Se não o evitou, é sinal de que ou não é onipotente ou não é bom”.
Considerando, portanto, que não é possível que Deus seja ao mesmo tempo bom e todo-poderoso, a lógica é que Deus é uma impossibilidade filosófica, ou se preferir, a idéia de Deus não faz sentido, e o melhor que temos a fazer é admitir que Deus não existe.
Parece que estamos diante de um dilema insolúvel.



 Mas Einstein nos deu uma dica preciosa. Disse que quando chegamos a um “problema insolúvel”, devemos mudar o paradigma de pensamento que o criou. O paradigma de pensamento que considera o binômio “onipotência/bondade” como ponto de partida para pensar o caráter de Deus nos deixa em apuros. Existiria, entretanto, outro paradigma de pensamento? Será que as palavras “onipotência” e “bondade” são as que melhor resumem o dilema de Deus diante do mal e do sofrimento do inocente? Há outras palavras que podem ser colocadas neste quebra-cabeça?
Este problema foi enfrentado por São Paulo, apóstolo, em seu debate com os filósofos gregos de seu tempo. A mensagem cristã era muito simples: Deus veio ao mundo e morreu crucificado. Pior do que isso: Deus foi crucificado num “jogo de empurra” entre judeus e romanos, isto é, diferentemente dos outros deuses, o Deus cristão foi morto não por deuses mais poderosos, mas por homens. Sendo Deus, jamais poderia ser morto por mãos humanas, e sendo o Deus onipotente, jamais poderia nem mesmo ser morto. Paulo, apóstolo, estava, portanto, diante de um dilema semelhante ao proposto por Epicuro: Deus era uma impossibilidade filosófica.
Foi então que os apóstolos surgiram com uma resposta tão genial que os cristãos acreditamos que foi soprada pelo Espírito Santo: antes de vir ao mundo ao encontro dos homens, Deus se esvaziou da sua onipotência[i], isto é, abriu mão do exercício de sua onipotência, e por amor[ii], deixou-se matar por eles[iii]. (Eu disse que “Deus abriu mão do exercício de sua onipotência”, bem diferente de “Deus abriu mão de sua onipotência”).
O apóstolo Paulo admitia que não era possível pensar em Deus sem considerar o binômio bondade/onipotência. Optou pela palavra amor, assim como o apóstolo João, que afirmou “Deus é amor”[iv]. Jesus de Nazaré foi Deus encarnado na forma de Amor, e não Deus encarnado na forma de Onipotência. Os cristão não dizemos “Deus é poder”, dizemos “Deus é amor”.
Isso faz todo o sentido. Um Deus que viesse ao encontro das pessoas em trajes onipotentes chegaria para se impor e reivindicar obediência irrestrita, impressionando pela sua majestade e força sem iguais. Jung Mo Sung adverte que “a contrapartida do poder é a obediência, enquanto a contrapartida do amor é a liberdade”. Também assim pensou o apóstolo Paulo, ao afirmar que o que constrange as pessoas a viver para Deus é o amor de Deus (demonstrado na morte de Jesus na cruz)[v]. Não é o poder de Deus que cativa o coração das gentes, mas sim o amor de Deus.
Na verdade, “Deus não tinha escolha”. Ao decidir criar o ser humano à sua imagem e semelhança, deveria criá-lo livre. Desejando um relacionamento com o ser humano, deveria dar ao ser humano a liberdade de responder voluntariamente ao seu amor, sob pena de ser um tirano que arrasta para sua alcova uma donzela contrariada. Somente o amor resolveria esta equação, pois somente o amor possibilita a liberdade para que o outro possa inclusive rejeitar o amor que se lhe quer dar.
André Comte-Sponville é um ateu confesso (sei que vou levar pedradas) que discorre a respeito do amor divino como poucos que já li. Acredita que o amor divino é um ato de diminuição, uma fraqueza, uma renúncia. Usa os argumentos de Simone Weil: “a criação é da parte de Deus um ato não de expansão de si, mas de retirada, de renúncia. Deus e todas as criaturas é menos do que Deus sozinho. Deus aceitou essa diminuição. Esvaziou de si uma parte do ser. Esvaziou-se já nesse ato de sua divindade. É por isso que João diz que o Cordeiro foi degolado já na constituição do mundo. Deus permitiu que existissem coisas diferentes Dele e valendo infinitamente menos que Ele. Pelo ato criador negou a si mesmo, como Cristo nos prescreveu nos negarmos a nós mesmos. Deus negou-se em nosso favor para nos dar a possibilidade de nos negar por Ele. As religiões que conceberam essa renúncia, essa distância voluntária, esse apagamento voluntário de Deus, sua ausência aparente e sua presença secreta aqui embaixo, essas religiões são a verdadeira religião, a tradução em diferentes línguas da grande Revelação. As religiões que representam a divindade como comandando em toda parte onde tenha o poder de fazê-lo são falsas. Mesmo que monoteístas, são idólatras”[vi].
Você já imagina onde quero chegar. Isso mesmo, entre a onipotência e a bondade de Deus existe a liberdade do homem, e o compromisso de Deus em respeitar esta liberdade. Isso ajuda a entender porque existe tanto sofrimento no mundo. O mal não procede de Deus e não é promovido ou determinado por Deus. O mal é conseqüência inevitável da liberdade humana, que teima em dar as costas para Deus e tentar fazer o mundo acontecer à sua própria maneira. Diante do mal e do sofrimento, o Deus com os homens, encarnado em Amor, também sofre, se compadece, tem suas entranhas movidas de compaixão[vii]. E morre. O Deus Amor encarnado em Jesus de Nazaré é assim, entre matar e morrer, prefere morrer.
Mas você poderia perguntar por que razão Deus não acaba com o mal. Isso é simples: Deus não acaba com o mal porque o mal não existe, o que existe é o malvado. O mal não é uma entidade ao lado de Deus. O mal é o resultado de uma ação humana em afastar-se do Deus, sumo bem. O monoteísmo cristão afirma que há um só Deus, e que o mal é a privação da presença de Deus. Os cristãos não somos dualistas que postulamos a existência do bem e do mal. O mal é apenas a ausência do bem. Por isso, o mal não existe, o que existe é o malvado, aquele que faz surgir o mal porque se afasta de Deus, o supremo e único bem.
Ariovaldo Ramos me ensinou assim, e completou dizendo que “para acabar com o mal, Deus teria que acabar com o malvado”. Mas, sendo amor, entre acabar com o malvado e redimir o malvado, Deus escolheu sofrer enquanto redime, para não negar a si mesmo destruindo o objeto do seu amor. Por esta razão Deus “se diminui”, esvazia-se de sua onipotência, abre mão de se relacionar em termos de onipotência-obediência, e se relaciona com a humanidade com base no amor, fazendo nascer o sol sobre justos e injustos[viii], e mostrando sua bondade, dando chuva do céu e colheitas no tempo certo, concedendo sustento com fartura e um coração cheio de alegria a todos os homens[ix].
A equação amor e liberdade na relação entre Deus e o homem resulta um escândalo: um Deus que sofre por amor. E quando Deus sofre, o homem sofre. Ou, na verdade, Deus sofre porque o homem sofre, isto é, Deus sofre porque ama o homem que sofre.
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[i] Carta aos Filipenses 2.6-8
[ii] Evangelho de João 3.16
[iii] Atos dos Apóstolos 2.23
[iv] Primeira Carta de João 4.7
[v] 2Coríntios 5.14,15
[vi] Comte-Sponville, André, Pequeno tratado das grandes virtudes, São Paulo: Martins Fontes, 1995, Capítulo 18: Amor.
[vii] Evangelho de São Mateus 9.36; 14.14
[viii] Evangelho de São Mateus 5.44,45
[ix] Atos dos Apóstolos 14.17

AUTOR: Ed René Kivitz graduado em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo, mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo; pastor presidente da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo; autor de Quebrando paradigmas (Abba Press), Vivendo com propósitos, Outra Espiritualidade e O livro mais mal humorado da Bíblia (Mundo Cristão); idealizador do Fórum Cristão de Profissionais.

quarta-feira, março 13, 2013

A Inquisição Assembleiana

A Inquisição Assembleiana: Reflexões Sobre Poder, Censura e Verdade

"Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos." — Mateus 5:6

Introdução

O fenômeno da censura eclesiástica, revestida de santidade e autoridade divina, não é novidade histórica nem tampouco está restrito às sombras da Idade Média. Durante a Inquisição medieval, aqueles que ousavam desafiar as estruturas religiosas — seja traduzindo textos sagrados para línguas vernáculas ou questionando a autoridade do clero — eram submetidos a torturas físicas e psicológicas, tendo suas famílias destituídas de bens e seu nome lançado ao desprezo público. Hoje, os métodos evoluíram: em vez de fogueiras, há isolamento social; em vez de torturas físicas, há assassinatos de reputação; em vez de prisões, há a exclusão estratégica de cargos e ministérios. Um pastor que denuncia a corrupção em sua liderança pode ser afastado sob pretextos moralistas, enquanto o agressor mantém seu lugar no altar. Jovens músicos, diáconos ou membros que levantam questionamentos são rotulados como rebeldes ou imaturos espiritualmente. Assim, enquanto os instrumentos mudaram, o cerne da censura permanece: silenciar as vozes que ousam desafiar o poder estabelecido. A Inquisição, seja ela romana ou protestante, carrega consigo os mesmos vícios: a supressão do pensamento crítico, a manipulação do medo e o exercício arbitrário do poder.

O que vemos hoje em muitas instituições religiosas não é diferente. A crítica justa é imediatamente rotulada como rebeldia, e o questionamento sincero é rapidamente silenciado sob acusações de insubmissão. Esse padrão, que se repete ao longo dos séculos, reflete um sistema que não tolera a luz da verdade.

A Inquisição: Ontem e Hoje

Na Era Medieval, a Igreja Católica estabeleceu a Inquisição como ferramenta de controle absoluto. A tortura, o exílio e a expropriação eram apenas manifestações externas de um mecanismo interno bem mais cruel: o silenciamento da consciência.

Hoje, a Inquisição persiste, mas com novos métodos. O fogo e o ferro deram lugar ao silêncio imposto nos bastidores. O tribunal inquisitorial moderno não acontece mais em praças públicas, mas em reuniões fechadas, onde o réu nem sempre está presente para se defender. A exclusão é sutil: cargos são retirados, oportunidades são negadas, e murmúrios circulam nos corredores. O pastor que ousa questionar a liderança é rotulado como rebelde, o fiel que denuncia abusos é taxado de insubmisso, e a crítica legítima é confundida com motim. Além disso, há o uso recorrente de táticas emocionais, como a manipulação do sentimento de culpa, a distorção de textos bíblicos para justificar ações arbitrárias e a construção de narrativas que blindam os líderes contra qualquer forma de responsabilização. Tudo isso é perpetuado por um sistema que prefere manter as aparências a enfrentar a verdade. Assim, os métodos podem ter mudado, mas o objetivo permanece o mesmo: silenciar aqueles que ousam falar. O que antes era o fogo e o ferro agora se manifesta no ostracismo social, na exclusão de cargos ministeriais e na humilhação pública travestida de disciplina espiritual. O objetivo, no entanto, permanece o mesmo: eliminar a voz dissonante.

O Poder do Clero e Seus Interesses

Os mecanismos de controle clerical seguem um padrão previsível, muitas vezes mascarados por uma fachada de santidade e retidão. Em igrejas modernas, vemos exemplos concretos desse padrão se manifestando de forma recorrente. Um diácono que denuncia um caso de abuso acaba sendo afastado de suas funções, enquanto o agressor permanece protegido sob o manto da liderança. Pastores que ousam questionar práticas administrativas duvidosas são removidos discretamente, com explicações vagas dadas à congregação. Um jovem músico pode ser excluído do ministério de louvor simplesmente por fazer perguntas consideradas "inconvenientes" sobre o destino dos dízimos. Enquanto isso, membros com maior poder aquisitivo ou influência social são frequentemente poupados de qualquer forma de disciplina, mesmo diante de transgressões óbvias. Além disso, laços familiares e amizades estratégicas garantem a permanência de pessoas em posições-chave, independentemente de sua competência ou conduta moral. A liderança, ao invés de buscar transparência, fecha-se em círculos exclusivos de confiança, abafando qualquer tentativa de reforma ou questionamento. Cada um desses exemplos ilustra não apenas a persistência desses mecanismos, mas também como eles se adaptaram aos novos tempos, mantendo o mesmo objetivo: proteger o poder estabelecido e silenciar as vozes que ameaçam romper o status quo.

  1. Proteção dos Fortes: Aqueles que oferecem contribuições financeiras significativas ou que detêm cargos influentes raramente são confrontados. Seus pecados são ignorados ou, no máximo, suavizados.

  2. Hierarquia Intocável: A estrutura de poder é cuidadosamente protegida. Questionar um líder é, muitas vezes, considerado mais grave do que o próprio pecado que se busca expor.

  3. Amizades Estratégicas: Relações pessoais com líderes religiosos criam uma rede de proteção invisível, onde a verdade é negociada e a justiça, adiada.

  4. A Causa e o Efeito: Em qualquer denúncia, a reação da liderança costuma ser punir o denunciante, enquanto o pecado denunciado permanece intocado.

A Verdade como Ameaça

O problema central não está na doutrina, mas na prática. Líderes que deveriam ser exemplos tornam-se algozes. A denúncia é considerada uma afronta pessoal, e não uma oportunidade de arrependimento. A verdade, nesse contexto, se torna uma ameaça ao sistema.

Esse ciclo vicioso perpetua-se porque a estrutura clerical está mais interessada em proteger seus próprios interesses do que em buscar a santidade genuína. Enquanto isso, os fiéis são tratados como peças descartáveis de um jogo de poder.

A Inquisição no Século XXI

Nos púlpitos modernos, a retórica do medo continua sendo uma ferramenta eficaz. Ela se manifesta em frases como: "Quem toca no ungido do Senhor, será amaldiçoado!" ou "Não questione, pois Deus cobrará de você." Muitas vezes, líderes utilizam o púlpito para intimidar diretamente aqueles que ousam questionar suas decisões, insinuando que qualquer crítica é, na verdade, rebeldia contra Deus. Em outras situações, histórias fictícias de pessoas que desafiaram a liderança e sofreram tragédias são contadas como advertências. Um jovem músico pode ser afastado do ministério de louvor após questionar os destinos das ofertas; uma mulher pode ser silenciada ao denunciar abusos sob a justificativa de que "ela está trazendo escândalo para a igreja." Essa retórica cria um ambiente de medo e conformidade, onde o poder se mantém intacto, e os questionadores são tratados como inimigos da fé. Pastores e líderes criam barreiras psicológicas que impedem questionamentos legítimos. O discurso é revestido de santidade, mas, no fundo, serve apenas para manter o controle.

Aqueles que ousam levantar a voz contra os desmandos são rapidamente silenciados. A exclusão não acontece mais em praças públicas, mas nas entrelinhas das reuniões ministeriais e nos corredores das igrejas.

O julgamento é sumário: quem denuncia se torna réu, e quem peca é protegido. O sistema não pode ser questionado, pois sua fragilidade estrutural não suportaria um confronto com a verdade.

O Custo do Silêncio

O silêncio diante do erro tem um custo alto. Ele não apenas corrompe a liderança, mas também destrói a confiança da comunidade e perpetua ciclos de injustiça. Em uma igreja onde um abuso é encoberto, a vítima é forçada ao isolamento, enquanto o agressor continua exercendo influência. Em outra situação, um pastor que questiona o uso indevido de recursos financeiros acaba afastado sob falsas acusações, enquanto os verdadeiros responsáveis seguem intocados. Há ainda os casos em que jovens membros, ao apontarem incoerências nos discursos ministeriais, são silenciados com ameaças veladas de disciplina e exclusão. Esses exemplos não são hipotéticos; são realidades presentes em muitas instituições religiosas. O silêncio é cúmplice, pois ao ignorar o erro, ele legitima o abuso, perpetua a injustiça e transforma o sagrado em palco para jogos de poder e manipulação. Cristo nunca compactuou com o silêncio covarde, e aqueles que verdadeiramente seguem Seu exemplo não devem fazê-lo também. Ele corrompe não apenas a liderança, mas toda a comunidade. A igreja deixa de ser um refúgio para os aflitos e se torna um ambiente tóxico, onde a aparência importa mais do que a essência.

Cristo, no entanto, nunca compactuou com o silêncio covarde. Ele confrontou os fariseus, denunciou os vendilhões do templo e deixou claro que a verdade é inegociável.

Conclusão

A história se repete: assim como no passado, aqueles que ousam falar a verdade são marginalizados, silenciados e perseguidos. No entanto, a verdade tem uma qualidade incômoda: ela persiste.

Como disse Cristo: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." (João 8:32)

A igreja deve lembrar que sua missão não é proteger estruturas de poder, mas ser um refúgio de graça, verdade e redenção. O silêncio diante da injustiça é, por si só, uma forma de cumplicidade.

Que os homens de boa fé se levantem, não com ódio ou vingança, mas com coragem, firmeza e uma consciência cativa à verdade. Que não se deixem intimidar por ameaças veladas nem seduzir por cargos ou favores. A história mostra que a omissão diante do erro não apenas perpetua a injustiça, mas a institucionaliza. Cada vez que uma voz é silenciada, a verdade perde espaço e o erro ganha terreno. É necessário enfrentar os falsos profetas, os líderes tiranos e os manipuladores de púlpito com a mesma ousadia com que Cristo enfrentou os vendilhões do templo. Que cada pessoa de boa fé carregue a chama da verdade, mesmo quando isso significar perder amigos, posições ou a própria paz. Pois mais vale ser um farol solitário na escuridão do que uma vela apagada no conforto da hipocrisia. A verdade persiste, mesmo quando todos os esforços se voltam para silenciá-la.

William Frezze de Paula, 22 anos. Reflexões de um ex-membro das Assembleias de Deus.