domingo, novembro 01, 2020

JESUS E A MULHER SAMARINATA: MINHA DEFESA DA PREGAÇÃO DO PASTOR ED RENÉ KIVITZ, EM 15 PONTOS


O pastor batista Ed René Kivitz tem sido acusado por uma horda de caluniadores, com um vídeo recortado e fora do contexto, de que Jesus teria oferecido o seu sêmen a mulher samaritana naquela célebre conversa que ambos tiveram sozinhos no poço. É mentira! O que ele diz é que a mulher poderia ter, no início da abordagem, interpretado Jesus de forma diferente, pois ela era uma adultera acostumada com homens que a vissem e tratassem apenas como objeto sexual, mas que depois ela percebe que Ele era diferente de todos os homens. Apoio a possibilidade desta interpretação e para isso elenco 15 pontos que fazem esta defesa


PRIMEIRO PONTO: não coloco vídeo recortado, como injustamente fazem todos, coloco a mensagem completa, do início, a baixo:



SEGUNDO: é interessante como lemos as Escrituras e admitimos que os irmãos de Jesus não criam que ele era o Messias, que os fariseus achavam que Jesus curava por demônios. Ou seja: admitimos que Jesus foi interpretado como farsa, endemoniado, bruxo, bêbado e era associado a prostitutas.

TERCEIRO: que admitimos a ideia de que o Livro de Cantares pode ter uma interpretação tanto sexual quanto espiritual.

QUARTO: que a mulher samaritana não estava esperando um Messias para a salvar e que estava acostumada com homens que a procuravam apenas como objeto de satisfação sexual.

QUINTO: que Jesus, antes de falar com a mulher Samaritana, despistou os discípulos mandando-os comprar pão, pois eles não estavam aptos, ainda, para que vissem Jesus rompendo as fronteiras étnico-raciais, de gênero, religiosas, de classe, e geracionais e provavelmente se intrometeriam no diálogo, a condenando pela vida de imoralidade sexual ou censurando.

SEXTO: que admite-se a noção de repugnância que os fariseus tiveram quando viram que uma pecadora beijou os pés de Jesus, pecadora que havia usado a sua mesma boca e corpo, dias ou horas antes, de forma pecaminosa, inclusive com este dinheiro adquiriu o óleo perfumado que o ungiu.

SÉTIMO: que sabemos que Jesus disse com todas as letras que "as prostitutas" entrariam no Reino dos Céus, primeiro que os fariseus.

OITAVO: que Jesus era homem, macho, completo, com todos os órgãos sexuais e de excreção, e que foi crucificado nu diante de todos e que as mulheres foram até a Cruz e viram-no ali, nu.

NONO: que o profeta Oseias casou-se com uma prostituta, foi traído por ela e saiu gritando nas ruas, na linguagem de hoje: “assim como eu fui corneado pela minha mulher, vocês têm corneado a Deus quando se relacionam com outros povos e seus deuses”

DÉCIMO : que Ezequiel, ao tratar de Israel, esposa de Deus, disse que ela desejou amantes com genitais grandes como de jumentos e ejaculação (fluido) como de cavalos. (Ezequiel 23:20)

ONEZIMO: que Nicodemos, um mestre da Lei, chegou a pensar que o "nascer de novo da água e do Espírito") significaria que ele deveria ser reintroduzido no ventre da mãe, talvez por uma relação sexual gerando um parto normal com o rompimento da bolsa d’água (que hoje todos sabemos que é no sentido espiritual, não físico-literal, mas um mestre não sabia)

DUODÉCIMO: admitimos também que na língua portuguesa a palavra “gozo” está relacionada ao orgasmo humano e se eu disser para uma moça: “entre no gozo do seu Senhor”, ela poderia interpretar de maneira errada e não “gozo” como “alegria”

TREDÉCIMO: que no CD da Banda Voz da Verdade, tiveram que colocar um asterisco em “CHUVA DE SANGUE” explicando que: “mas lá em Gósen” era uma cidade egípcia [e não, um homófono de “gozem”, do verbo “gozar”], sabendo que no século XXI a interpretação do leigo que ouviria poderia ser esta: sexual/pornográfica.

DÉCIMO QUARTO: mas não queremos admitir a hipótese de que, de início, pode não ter havido uma compreensão por parte daquela que era mulher, adúltera e samaritana, de que Jesus era diferente dos outros homens, e de que ela não teria estranhado a sua abordagem, como um judeu interessado nela? Não queremos admitir a hipótese de que ela não teria de início entendido que “água” e “fluido”, “vivo e dentro dela”, era uma linguagem santa e espiritual? Ou seja: um doutor da Lei não entendeu, mas ela entendeu de primeira?

ÚLTIMO PONTO: Para quem não entendeu o título da mensagem, assista. Mas, como quem prefere tacar pedra que aprender, eu resumo: como expliquei acima, no Velho Testamento, Deus exigia fidelidade de Israel, ela deveria relacionar-se somente com Ele. Ela não o fez e O rejeitou, Deus então a trata como promíscua. Deus trata o culto como relação sexual: cultuar outros deuses era como adultério. No Novo Testamento, porém, Jesus não se relaciona só com judeus, ele fala com samaritana, romanos e gregos, e vai além, aceita a adoração destes, como culto à sua pessoa. Promiscuidade é a convivência com diferentes pessoas em situações adversas, é ser misturado, heterógeno... Jesus foi rejeitado por Israel e vai se relacionar com outra noiva: os gentios. Daí o jogo de palavras: “Jesus é o Deus que se promiscuiu, relacionando-se com outros povos”.

Há como negar os pontos levantados aqui? Por qual razão chamar um pastor que está ensinando teologia para a sua Igreja de herege e blasfemo? 

Com muita perplexidade eu faço esta publicação. Quanto mais o tempo passa, mais enxergo a distância que se alonga da minha capacidade de compreensão da dos meus irmãos. E falo isso com muita tristeza no coração, pois alguns são mais velhos e são superiormente hierárquicos. Me questiono se lemos a mesma Bíblia.

Quem quiser refutar os pontos levantados, sinta-se à vontade. Mas por gentileza, sem adjetivos e ofensas, contudo com uso de argumentos bíblicos, históricos e lexicográficos.

Agradeço,

William Frezze.

[postado originalmente no meu Facebook]




5 comentários:

  1. Vc que é defensor deste herege deveria pensar antes de postar qual quer comentário neste sentido. Ninguém colocou palavras na boca do Ex. Não se esqueça que a bíblia noscdiz que nos últimos dias apostatarao alguns da fé dando ouvidos a respeito enganadores e a doutrina de demônios. Cuide se vc é Ex René

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    1. William Frezze D'Paula23 de dezembro de 2022 às 03:53

      Sim, defendo a mensagem que ele trouxe. Pode considera-me um herege também, pelo teor de seu argumento posso ficar despreocupado com a qualidade de seu julgamento.
      Um abraço

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  2. Olá boa noite!
    Pesquisando sobre esse incidente encontrei seu blog. Acredito que a mulher samaritana ser interpretada como prostituta é um tremendo equívoco. O texto fala de uma mulher que teve vários maridos e agora está em um relacionamento extra conjugal. Minha interpretação é que trata-se de uma mulher que recebeu a carta de divórcio de seus maridos anteriores e, por ter “falhado” tantas outras vezes, decidiu deixar de acreditar no que é correto (casamento) e passou a acreditar que a felicidade existe no errado (relacionamento extra conjugal). Tipicamente o que o mundo (conjunto de valores e ideologias) nos leva a acreditar, colocando a palavra de Deus em posição de descrédito.
    Não sei encontro nenhuma referência para interpreta-la como uma prostituta e dizer que recebia esse tipo de abordagem de homens.

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  3. William Frezze D'Paula23 de dezembro de 2022 às 04:18

    Boa colocação. No texto eu não digo que ela fosse uma meretriz, embora, pelos costumes da época, certamente era tida como adultera. Sabemos que, pela cultura religiosa da época, somente o fato de Jesus pedir água para ela e tomar a água dada por ela já o tornaria impuro. E, sim, creio que a malícia existia no cenário, tanto que o texto sugere que os discípulos chegaram e "malversaram" entre si, isto é, consideraram impróprio, mas não ousaram dizer nada.
    Uma das seis coisas proibidas a um rabino pelo Talmude era também que Jesus tivesse feito isso.
    Adam Clarke comenta este versículo dizendo que "o escândalo dos discípulos com a cena era pelo fato de isso também ser contrário aos costumes dos países do leste, o que abrangia a cultura da Samaritana. Até o presente momento, se um homem encontra-se até mesmo a sua própria esposa na rua, ele não falava com ela; e isso era feito para manter a aparência de uma castidade". E que os discípulos "poderiam ter se perguntado como uma samaritana, em quem não pode esperar espiritualidade, pôde ouvir a conversa de seu Mestre, que nunca falou senão sobre coisas celestiais."
    Eis aqui uma amostra de que, sim, muito provavelmente ela poderia ter interpretado inicialmente a abordagem de uma forma que não fosse espiritual.

    Obrigado pelo comentário.

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