O pastor batista Ed René Kivitz tem sido acusado por uma horda de caluniadores, com um vídeo recortado e fora do contexto, de que Jesus teria oferecido o seu sêmen a mulher samaritana naquela célebre conversa que ambos tiveram sozinhos no poço. É mentira! O que ele diz é que a mulher poderia ter, no início da abordagem, interpretado Jesus de forma diferente, pois ela era uma adultera acostumada com homens que a vissem e tratassem apenas como objeto sexual, mas que depois ela percebe que Ele era diferente de todos os homens. Apoio a possibilidade desta interpretação e para isso elenco 15 pontos que fazem esta defesa.
PRIMEIRO PONTO: não coloco vídeo recortado, como injustamente fazem todos, coloco a mensagem completa, do início, a baixo:
SEGUNDO: é interessante como lemos as Escrituras e admitimos que os irmãos de Jesus não criam que ele era o Messias, que os fariseus achavam que Jesus curava por demônios. Ou seja: admitimos que Jesus foi interpretado como farsa, endemoniado, bruxo, bêbado e era associado a prostitutas.
TERCEIRO: que admitimos a ideia de que o Livro de Cantares pode ter uma interpretação tanto sexual quanto espiritual.
QUARTO: que a mulher samaritana não estava esperando um Messias para a salvar e que estava acostumada com homens que a procuravam apenas como objeto de satisfação sexual.
QUINTO: que Jesus, antes de falar com a mulher Samaritana, despistou os discípulos mandando-os comprar pão, pois eles não estavam aptos, ainda, para que vissem Jesus rompendo as fronteiras étnico-raciais, de gênero, religiosas, de classe, e geracionais e provavelmente se intrometeriam no diálogo, a condenando pela vida de imoralidade sexual ou censurando.
SEXTO: que admite-se a noção de repugnância que os fariseus tiveram quando viram que uma pecadora beijou os pés de Jesus, pecadora que havia usado a sua mesma boca e corpo, dias ou horas antes, de forma pecaminosa, inclusive com este dinheiro adquiriu o óleo perfumado que o ungiu.
SÉTIMO: que sabemos que Jesus disse com todas as letras que "as prostitutas" entrariam no Reino dos Céus, primeiro que os fariseus.
OITAVO: que Jesus era homem, macho, completo, com todos os órgãos sexuais e de excreção, e que foi crucificado nu diante de todos e que as mulheres foram até a Cruz e viram-no ali, nu.
NONO: que o profeta Oseias casou-se com uma prostituta, foi traído por ela e saiu gritando nas ruas, na linguagem de hoje: “assim como eu fui corneado pela minha mulher, vocês têm corneado a Deus quando se relacionam com outros povos e seus deuses”
DÉCIMO : que Ezequiel, ao tratar de Israel, esposa de Deus, disse que ela desejou amantes com genitais grandes como de jumentos e ejaculação (fluido) como de cavalos. (Ezequiel 23:20)
ONEZIMO: que Nicodemos, um mestre da Lei, chegou a pensar que o "nascer de novo da água e do Espírito") significaria que ele deveria ser reintroduzido no ventre da mãe, talvez por uma relação sexual gerando um parto normal com o rompimento da bolsa d’água (que hoje todos sabemos que é no sentido espiritual, não físico-literal, mas um mestre não sabia)
DUODÉCIMO: admitimos também que na língua portuguesa a palavra “gozo” está relacionada ao orgasmo humano e se eu disser para uma moça: “entre no gozo do seu Senhor”, ela poderia interpretar de maneira errada e não “gozo” como “alegria”
TREDÉCIMO: que no CD da Banda Voz da Verdade, tiveram que colocar um asterisco em “CHUVA DE SANGUE” explicando que: “mas lá em Gósen” era uma cidade egípcia [e não, um homófono de “gozem”, do verbo “gozar”], sabendo que no século XXI a interpretação do leigo que ouviria poderia ser esta: sexual/pornográfica.
DÉCIMO QUARTO: mas não queremos admitir a hipótese de que, de início, pode não ter havido uma compreensão por parte daquela que era mulher, adúltera e samaritana, de que Jesus era diferente dos outros homens, e de que ela não teria estranhado a sua abordagem, como um judeu interessado nela? Não queremos admitir a hipótese de que ela não teria de início entendido que “água” e “fluido”, “vivo e dentro dela”, era uma linguagem santa e espiritual? Ou seja: um doutor da Lei não entendeu, mas ela entendeu de primeira?
ÚLTIMO PONTO: Para quem não entendeu o título da mensagem, assista. Mas, como quem prefere tacar pedra que aprender, eu resumo: como expliquei acima, no Velho Testamento, Deus exigia fidelidade de Israel, ela deveria relacionar-se somente com Ele. Ela não o fez e O rejeitou, Deus então a trata como promíscua. Deus trata o culto como relação sexual: cultuar outros deuses era como adultério. No Novo Testamento, porém, Jesus não se relaciona só com judeus, ele fala com samaritana, romanos e gregos, e vai além, aceita a adoração destes, como culto à sua pessoa. Promiscuidade é a convivência com diferentes pessoas em situações adversas, é ser misturado, heterógeno... Jesus foi rejeitado por Israel e vai se relacionar com outra noiva: os gentios. Daí o jogo de palavras: “Jesus é o Deus que se promiscuiu, relacionando-se com outros povos”.
Há como negar os pontos levantados aqui? Por qual razão chamar um pastor que está ensinando teologia para a sua Igreja de herege e blasfemo?
Com muita perplexidade eu faço esta publicação. Quanto mais o tempo passa, mais enxergo a distância que se alonga da minha capacidade de compreensão da dos meus irmãos. E falo isso com muita tristeza no coração, pois alguns são mais velhos e são superiormente hierárquicos. Me questiono se lemos a mesma Bíblia.
Quem quiser refutar os pontos levantados, sinta-se à vontade. Mas por gentileza, sem adjetivos e ofensas, contudo com uso de argumentos bíblicos, históricos e lexicográficos.
Agradeço,
William Frezze.
[postado originalmente no meu Facebook]
Vc que é defensor deste herege deveria pensar antes de postar qual quer comentário neste sentido. Ninguém colocou palavras na boca do Ex. Não se esqueça que a bíblia noscdiz que nos últimos dias apostatarao alguns da fé dando ouvidos a respeito enganadores e a doutrina de demônios. Cuide se vc é Ex René
ResponderExcluirSim, defendo a mensagem que ele trouxe. Pode considera-me um herege também, pelo teor de seu argumento posso ficar despreocupado com a qualidade de seu julgamento.
ExcluirUm abraço
Olá boa noite!
ResponderExcluirPesquisando sobre esse incidente encontrei seu blog. Acredito que a mulher samaritana ser interpretada como prostituta é um tremendo equívoco. O texto fala de uma mulher que teve vários maridos e agora está em um relacionamento extra conjugal. Minha interpretação é que trata-se de uma mulher que recebeu a carta de divórcio de seus maridos anteriores e, por ter “falhado” tantas outras vezes, decidiu deixar de acreditar no que é correto (casamento) e passou a acreditar que a felicidade existe no errado (relacionamento extra conjugal). Tipicamente o que o mundo (conjunto de valores e ideologias) nos leva a acreditar, colocando a palavra de Deus em posição de descrédito.
Não sei encontro nenhuma referência para interpreta-la como uma prostituta e dizer que recebia esse tipo de abordagem de homens.
Boa colocação. No texto eu não digo que ela fosse uma meretriz, embora, pelos costumes da época, certamente era tida como adultera. Sabemos que, pela cultura religiosa da época, somente o fato de Jesus pedir água para ela e tomar a água dada por ela já o tornaria impuro. E, sim, creio que a malícia existia no cenário, tanto que o texto sugere que os discípulos chegaram e "malversaram" entre si, isto é, consideraram impróprio, mas não ousaram dizer nada.
ResponderExcluirUma das seis coisas proibidas a um rabino pelo Talmude era também que Jesus tivesse feito isso.
Adam Clarke comenta este versículo dizendo que "o escândalo dos discípulos com a cena era pelo fato de isso também ser contrário aos costumes dos países do leste, o que abrangia a cultura da Samaritana. Até o presente momento, se um homem encontra-se até mesmo a sua própria esposa na rua, ele não falava com ela; e isso era feito para manter a aparência de uma castidade". E que os discípulos "poderiam ter se perguntado como uma samaritana, em quem não pode esperar espiritualidade, pôde ouvir a conversa de seu Mestre, que nunca falou senão sobre coisas celestiais."
Eis aqui uma amostra de que, sim, muito provavelmente ela poderia ter interpretado inicialmente a abordagem de uma forma que não fosse espiritual.
Obrigado pelo comentário.
Muito Bom! Parabéns!
ResponderExcluirPercebendo o número de pessoas que sequer entendem um pouco da hermenêutica ou da exegese do texto e que se sentem na obrigação de fazerem acusações levianas, na pregação do Ed Rene, devo ressaltar que a sua colocação é perfeita e agradecer por trazer, de forma ponderada e bem analisada, tal questão que todo e qualquer que se preocupam realmente com o que ouvem, conseguem perceber, tal como vc mostrou. Um abraço.
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