quinta-feira, agosto 29, 2013

Resposta aos covardes anônimos Ou: Você é um (a ) cachorro(a), diria Salomão...

Ah, a ousadia dos que rastejam nas sombras! Um certo anônimo, escudado pelo véu confortável do anonimato, teve a coragem de me dirigir as seguintes palavras:

“Bravo, bravo, bravíssimo! Lindo texto aquele em que você mostra sua resposta aos comentários que postaram. Mas de que adianta tanta inteligência se não há uma gota de sabedoria?”

E então pergunto: qual é, afinal, a tal sabedoria que você, destemido anônimo, acredita que me falta? Seria, por acaso, a mesma sabedoria que lhe inspira a ocultar-se sob o véu do anonimato, resguardado pelo escuro cômodo do anonimato digital?

Ser sábio, para você, é esconder-se atrás de um biombo de sombras, como um espectro murmurante que teme a própria voz? É assinar com tinta invisível, como um conspirador inepto que planeja no escuro e foge ao primeiro clarão de responsabilidade? Não se responsabilizar por suas próprias palavras? Essa é a conduta de quem pensa que pensa. É o modus operandi dos pusilânimes, dos covardes rastejantes que se esgueiram por frestas úmidas e mal iluminadas.

Conheço muitos da sua estirpe — rastejadores noturnos que só se sentem confortáveis no breu, onde a luz da responsabilidade não os alcança. Vocês não são apenas baixos; são desprezíveis, vilipendiosos, mesquinhos. Vocês são como Judas, que prefere a obscuridade do anonimato à claridade da exposição.

Diga-me, anônimo: a sua sabedoria se assemelha àquela de Pedro, que nega Cristo diante da pressão? Ou à de Judas, que critica Cristo pelas sombras, sem jamais confrontá-lo face a face? Sua sabedoria reside nos porões, entre os ratos que mordem e fogem? Sua voz ecoa nas vielas sujas da covardia?

Se essa é a sua sabedoria, dispenso-a por completo. Que fique distante, inalcançável, trancada em alguma cela fétida onde só os fracos se aventuram. Porque eu, caro anônimo, sempre preferi ser o leão — aquele que expõe a face, que se coloca à linha de frente, que fala abertamente, assina o que escreve e enfrenta os riscos de ser alvejado.

Talvez por isso eu nunca tenha me dado bem com criaturas como você, que rastejam na penumbra, exalam falsos sussurros de coragem quando estão protegidas, mas cravam os dentes pelas costas assim que percebem uma brecha. Vocês são espectros de bravura, vultos frágeis que se desfazem sob o mais tênue raio de luz. Vocês se alimentam das migalhas do silêncio e se satisfazem com a tibieza dos indecisos.

Os covardes, como você, evitam o risco da mentira refugiando-se em alusões vagas. São ratos apressados que deslizam pelos esgotos da ambiguidade, com medo da exposição. A luz os ofende. A claridade os denuncia.

Talvez seja por isso que eu sempre tenha preferido denunciar a omitir, criticar a alienar-me, delatar a condescender. Como bem disse Salomão: "Melhor é a repreensão aberta do que o amor encoberto." (Provérbios 27:5).

Abraham Lincoln também advertiu: "Pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens em covardes." E aqui estamos nós: eu, o leão que ruge no claro; você, o rato que sussurra no escuro.

Deixe-me ser ainda mais direto: da sua sabedoria covarde eu não quero nem uma gota. Quero-me seco, árido, estéril dela. No seu tribunal de anônimos sábios, que me considerem um perfeito idiota — e, se já o for, considero-me feliz.

Essa sua sapiência, que se baseia na habilidade de não ser percebido, é a mesma lógica do criminoso que raspa o número de série da arma do crime. Vocês se orgulham do silêncio como se fosse uma virtude, quando, na verdade, ele é apenas uma máscara para a inoperância.

Você, anônimo, me aplaudiu com um sarcasmo que não disfarça a inveja, como um espectador ressentido que, da última fila, assiste ao espetáculo com os dentes cerrados e as mãos trêmulas. Seu elogio envenenado escorre como fel entre os dentes, e seu aplauso soa mais como o ranger das correntes de um prisioneiro que jamais terá coragem de abrir os próprios grilhões. Seu incômodo não é sobre o que digo, mas sobre o fato de que digo — em alto e bom som, enquanto você sussurra escondido na penumbra. Seu sorriso tem o frescor pútrido da hipocrisia, e seu aplauso ecoa a insegurança dos que temem ser vistos. Seu incômodo comigo é diretamente proporcional à sua admiração velada.

Você não me odeia, anônimo — você me inveja. E sua inveja escorre pelos cantos das suas palavras, pelas frestas do seu anonimato. Sua sentença contra mim está contaminada por sua própria frustração.

Mas aqui fica uma verdade inescapável: enquanto você rasteja no escuro, eu continuo aqui, na luz, com o rosto descoberto, assinando cada palavra.

A diferença entre nós? Eu sou o leão que ruge sob a luz do sol, que encara cada olhar e assina cada palavra com a própria face descoberta, enquanto você rasteja como uma sombra sem nome, um sussurro sem rosto, um espectro que jamais ousará sair da toca. Essa é a linha que nos separa — e que jamais será cruzada por você.







3 comentários:

  1. Hahaha William eles pensaram que iriam te calar...
    Muito Bom a sua resposta! Calo bem calado e mostrou a diferença do Nível deles e o seu...

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  2. William como sempre um gênio nas palavras! Parabéns!... Mas me responda algo: "Cadeê eles? Sumiram?"

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    1. Graças a Deus ! KKKK Este pessoal só sabe amaldiçoar.... (Ps: Não todos, evidentemente, existe uns poucos que respeitam, e por isso têm o meu respeito...)
      Abraços

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