segunda-feira, julho 24, 2023

ENTRE O JUGO E A DÁDIVA DO AMOR: a sinfonia caótica da vida navega nas viscitudes dos encontros e desencontros humanos

No palco da vida, a trajetória humana desenrola-se em trilhas tortuosas, labirintos intricados onde os relacionamentos, tão esperançosos em seu início, muitas vezes convergem para um destino amargo de desencontros. Nessa caminhada, descobrimos que a vida não se trata de uma receita de bolo, uma fórmula mágica para alcançar a felicidade plena e duradoura. Pelo contrário, é uma sinfonia caótica de emoções, escolhas e consequências.

Os relacionamentos que dão errado, com sua miríade de dilemas e desilusões, ecoam as vicissitudes humanas. A busca incessante por uma conexão verdadeira muitas vezes é subjugada pelo jugo religioso, que impõe normas e expectativas sobre como devemos amar e ser amados. A sociedade, por sua vez, nos impõe uma cobrança social que visa enquadrar-nos em papéis predefinidos, ignorando nossos anseios mais profundos.

Nesse contexto, as escolhas por casamentos de fachada emergem como uma triste realidade. O desejo de manter um status social aparentemente impecável pode levar ao sacrifício de almas em detrimento da verdadeira essência dos envolvidos. São uniões nas quais a felicidade é apenas um verniz ilusório, encobrindo relações desprovidas de paixão, cumplicidade e reciprocidade.

Podemos observar tais desventuras em exemplos práticos ao nosso redor: casais que vivem juntos, mas isolados em sua solidão compartilhada; corações que sangram, sufocados pelo peso das convenções sociais; e vidas que se dissolvem em máscaras sorridentes, enquanto a alma clama por autenticidade.

É neste ponto em que Jacques Lacan, mestre das profundezas da psicanálise, nos ensina que a verdadeira resposta não se encontra nas superfícies, mas nas profundezas do inconsciente. Nossa jornada interior é um labirinto psíquico, onde precisamos nos confrontar com nossos desejos mais autênticos e enfrentar a escuridão da nossa própria alma.

Entretanto, há esperança de romper com os moldes sociais, de desenhar uma trajetória única e genuína. Essa esperança reside na coragem de abraçar a individualidade, de rejeitar a pressão da normatividade e buscar a essência mais pura do ser. É compreender que a vida não é uma fórmula pronta, mas um canvas em branco, esperando que ousemos pintar com nossas próprias cores.

Na teia intricada do destino, somos artífices corajosos a tecer nossa própria história, rompendo grilhões e desafiando normas, pois a vida não é um jogo de 7 erros a comparar-se com o próximo, é a ousadia de sermos nós mesmos.

E, em meio ao turbilhão de ilusões e superficialidades, há aqueles que são capazes de transcender o ego e mergulhar no oceano do amor verdadeiro. São almas valentes, dispostas a entregar-se por completo, a integrar-se com o outro em uma dança divina de conexão e compreensão mútua. São seres que compreendem que o amor genuíno não se restringe a dogmas religiosos ou filosofias baratas que mais parecem colcha de retalhos que apenas confirmam o vão desejo humano pela seletividade daquilo que pinça como verdade subjetiva que acolhe enquanto engana. O amor é uma força ancestral que perpassa as eras, nutrindo as almas e unindo os corações. O Amor remete ao Criador. É antes mesmo de haver dia. Talvez seja a maior demonstração de Poder de Deus.

Aqueles que amam desvencilham-se de amarras sociais, rompendo com padrões impostos, mesmo que isso signifique se afastar de amigos, parentes e conceitos ideológicos que não refletem a verdadeira essência do amor. Abraçam a liberdade de ser quem são, sem se curvarem à pressão da conformidade.

São como pássaros que ousam voar além das fronteiras, libertando-se das correntes que tentam aprisioná-los. Encontram a coragem de mergulhar nas profundezas do coração, desvendando suas próprias vulnerabilidades, pois sabem que é na vulnerabilidade que reside a verdadeira força.

Essas almas abraçam o amor com pureza, autenticidade e uma dedicação inabalável. Não se deixam cegar por promessas vazias ou por conceitos superficiais de amor. Eles enxergam além das aparências e compreendem que o amor é um encontro de almas, uma conexão que transcende o tempo e o espaço. Discernem o que é falso! Rejeitam falsos padrões. Impõem-se em suas novas existências. Implodem construtos firmados sobre falsas alegações, princípios ditorcidos e ledos enganos.

É preciso louvar aqueles que são capazes de amar dessa forma, pois eles são faróis de luz em meio à escuridão do mundo. São exemplos vivos de que o amor genuíno é uma dádiva preciosa, que transforma vidas e eleva a existência humana para patamares mais elevados.

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