sexta-feira, janeiro 10, 2014

A Penitência de um semi-adúltero.

A Penitência de um semi-adúltero.
(É linda a Aceitação do Irremediável)
 
 
Saia dessa “redoma”
Deixe de ser “dona”
E venha ser você
Venha porque eu quero
E não me pergunte por quê…
Pra ser sincero
Nem eu mesmo sei…
Foi um sentimento espontâneo
Que veio tão momentâneo
Até em sonhos já lhe beijei
É infantil declarar assim
Mas o amor que eu vivo agora
Implora-me
E diz que jamais viveu em mim
Então eu fico indeciso
Se estou com alguma fraqueza
Se estou com perda de juízo
Porém me descubro na certeza
Que estou amando de verdade
É um amor tão maduro
Que eu vivo no silêncio da saudade
Pra não lhe estragar o futuro
Morrerei com o segredo
Que a amei como ninguém a amou jamais
Não propagarei, não por medo.
Mas porque nos conhecemos tarde demais
Sei que ninguém imagina ou pensa
Que existe esse amor em minha vida
Ele será como uma orquídea perdida
Numa floresta imensa
Fique tranquila
Ninguém nunca saberá
E quando os pensamentos fizerem fila
Uma oculta lágrima me restará…
Mas serei feliz
Porque um dia lhe falei tudo,
Tudo o que eu quis
E se um beijo não lhe deu
Não foi por falta de íntima insistência
Abstive-me para deixar meu coração zangado
Será o preço da penitência
De quem nasceu pra amar errado!


 

(Autor: Neimar de Barros, Livro: Sorrindo)

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