A
beleza e a perfeição não são a mesma coisa, embora muitos as confundam.
Etimologicamente, a perfeição traz
o sentido de: completo, terminado.
Já a beleza quer dizer: aquilo
que está em seu momento.
A perfeição requer a
satisfação das exigências.
Mas para a beleza, basta o
reconhecimento.
A perfeição é sacrificial e
construível.
A beleza é natural e auto
imposta.
A beleza convive com a
rejeição.
Mas a perfeição requer a
unanimidade
A perfeição é a busca pelo
encaixe.
Mas a beleza não se encaixa e,
por isso, se destaca.
A perfeição te fascina pela
fantasia de um mundo linear.
Mas a beleza te apaixona pela
organização em meio ao caos.
A beleza pode ser contraposta.
Mas a perfeição é necessariamente simétrica.
A beleza é inconfigurável.
Mas a perfeição, sob pretexto
de configuração, adota padrões.
A beleza oferta novidade,
carrega originalidade e intriga percepções.
Mas a perfeição plagia, transcreve
e acomoda amostras.
A perfeição é como um «Déjà
vu» coletivo.
Mas a beleza inaugura eras e
revoluciona conceitos.
A perfeição é senso comum e
holofótica.
A beleza é, por vezes,
incompreendida e invisível.
A perfeição se enrijece para
resistir ao tempo.
A beleza é delicada e efêmera.
A perfeição está nos detalhes.
A beleza está no todo.
Cuide da beleza, mas não
cultue a perfeição.
O manequim imortal pode até
ser perfeito, mas a mulher, embora mortal, é bela, viva e apaixonantemente
única em seu modo de ser.